Segundo o Centro de Comunicação Social do Exército, Araújo foi posto em liberdade imediatamente após o Batalhão de Polícia do Exército de Brasília receber a notificação do STF. O sargento foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) para fazer exame de corpo de delito, de onde saiu algemado. Após o exame, ele retornou ao Batalhão para pegar seus objetos pessoais.
Decisão
"A primeira coisa que pensei quando soube do habeas corpus foi em justiça. Eu já tinha essa idéia de que o Supremo não ficava preso ao passado, enquanto o Exército se apega a leis da época da ditadura. Esse foi o começo de muitas vitórias que estão por vir.” disse Figueiredo ao G Online nesta quarta-feira, dia 30 de julho.
Para o presidente do STF, Gilmar Mendes, a decisão do Superior Tribunal Militar (STM) de manter Laci preso no decorrer do processo estava errada. Ele observou que o próprio código penal militar estabelece prazo máximo de sessenta dias para que se mantenha a prisão antes do julgamento de acusados de deserção, mas que não há obrigatoriedade de se cumprir todo este período de detenção. O sargento está preso desde 4 de junho.
A defesa de Laci havia entrado com hábeas corpus no STF na quinta-feira da semana passada com o argumento de que não havia motivos para se manter a prisão provisória do sargento. O principal argumento da defesa era a presunção de inocência.
“Para se manter a prisão antes da condenação final é preciso apontar fundamentos e isso não acontece nesse caso. A prisão é a exceção, a regra é a liberdade durante o processo”, argumentou o advogado Márcio Palma ao pedir o habeas corpus ao Supremo.
Futuro
Até o momento a Justiça militar ainda não confirmou a data para o julgamento de Laci. O seu advogado Marcio Palma confirmou ao G Online que o sargento não irá se manifestar até o fim do processo. "Por recomendação nossa ele vai continuar seguindo as normas do Exército e não vai se manifestar até o final do processo, pois sob os olhos da Justiça militar, qualquer reclamação pública sobre questões hierárquicas traz prejuízos ao processo".
Já o advogado Lúcio França, que dá suporte a Laci e Figueiredo através do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, ressaltou que espera agora bom senso do Exército. "Eu espero que a Justiça militar tenha bom senso. Nós tivemos informação de que o laudo médico militar comprovou que o Laci realmente está doente. Vamos aguardar agora".
A notícia foi destaque no JN de 30/07/08. Veja o vídeo.
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